segunda-feira, 24 de março de 2014

abstração

Eu tenho entregado um pedaço da minha alma, na tortura e na angustia dos bons frutos. Ela queima, ela grita, ela vira e revira. Anseia pela paz enquanto está perdida em meio ao caos. Abro meus olhos e as sombras ao redor me cegam. Minhas portas não se abrem mais. Trancafiada dentro do próprio medo. As chaves se perderam. Lágrimas que não lavam uma alma e não trazem esperança. Tamanha sede, insaciável, e um mísero punhado de água que se esvai por entre os dedos, na tentativa em vão de segurá-lo. Apenas observa-se com a sensação de incapacidade. É se agarrar no nada esperando tudo.

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