segunda-feira, 4 de novembro de 2013

hospital for souls

O mundo não vai acabar. Tuas esperanças acabam, a confiança é quebrada, teus sonhos definhados, mas o mundo permanece em equilíbrio contínuo. Não se tem um céu para ir e muito menos um inferno para chegar. Vivemos a fusão de ambos em terra firme. O fim e o começo são apenas um. Não há quem o salve da obscuridade que o afronta. As luzes já atingiram seu estado de combustão, os dias não resplandecem. Depara-te em conflagração consigo mesmo. O eu próprio busca consolo para a alma inacabada. Sozinhos viemos e assim permaneceremos. Não há ninguém a sua volta. Não há próximo.

"Because we all walk alone on an empty staircase idle in the halls and nameless faces [...] A wasteful universe and we don't know, our soul was emptiness inside our heads but no one dares to dwell."

domingo, 28 de julho de 2013

little hell

O medo sussurra em meus ouvidos como gritos impulsivos em meio ao nada, rasgando ardentemente toda a calmaria ali já encontrada. Se é que havia. Inquietação. Dias intermináveis. Horas que se arrastam e devastam a tua serenidade, preenchendo absolutamente tudo de angústias. O quão turbulento os pensamentos de um ser humano podem ser? Acima de nós existe um universo a ser questionado, o qual gritamos por respostas de questionamentos não atendidos. Encontrei-me num blackout e ao redor não há se quer uma saída de emergência. Você se alimenta do incerto, do improvável e do talvez. Gritos silenciados. Tua mente já não condiz com a paz de espirito. 

domingo, 9 de junho de 2013

stay

Dias em um estado inativo, onde nenhuma palavra condiz com tudo o que se passa. São falhas as minhas inúmeras tentativas de buscar por uma explanação que sane todo o expressionismo latente. Contenho-me em dizer que, um abraço sorrateiro, pode não ser a cura para todos os empecilhos, mas é a paz raramente encontrada para que possamos nos desmemoriar dos mesmos. Talvez, seja um tanto difícil articular sobre algo relativamente ligado ao que sentimos. Não há explicações plausíveis. A ausência é algo devastador, mas a preencho com um simples bocado de esperança, a qual recebo dia após dia. Palavras não são mais o suficiente quando o que lhe resta é simplesmente sentir.




segunda-feira, 15 de abril de 2013

segunda-feira

"Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo, de ter medo
Não faz da minha força confusão.
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção."


(Legião Urbana - Daniel Na Cova dos Leões)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

rehab or remain?

Talvez eu nunca tenha feito o uso de entorpecentes. O temor dos efeitos colaterais sempre me abalaram. De certa forma, busquei esquivar-me de tal coisa, na qual a fuga foi limitada. Abrimos mão dos nossos maiores receios em um lapso onde insanidade e coragem se mesclam. Optei, como um tiro em meio a escuridão, pela química de maior periculosidade. Sem ao menos tomar conhecimento de futuros danos, simplesmente aconteceu. Por algumas horas, eu derrotei todas as forças que lutavam em minha oposição, tal como um passe de mágica. Uma viagem dentro da minha própria alucinação, onde nada era inadequado ou correto. Somente era. O medo da dependência é assustador. Bastou uma única vez, para que vícios fossem designados. Onde há tratamentos?



ps. Não faço uso de drogas ilícitas. 




segunda-feira, 1 de abril de 2013

e então...

É um extensa corda-bamba, na qual não vejo um ponto de partida, e muito menos, um de chegada. Ela se balança de um lado para o outro, desequilibrando-me, insanamente. Aquele frio que atravessa nossos corpos, nos trazendo tamanhas incertezas. O nó na garganta me acompanha. Anseio de gritar, em alto e bom tom, tudo aquilo que me aflige, tudo aquilo que transforma minhas noites de sono em uma turbulência constante, onde máscaras de oxigênio, não caem sobre nossas cabeças. O medo está absolutamente contido em minhas palavras... Não ditas. Elas foram horrorizadas pelo tamanho da queda. Faltam certezas.

sexta-feira, 8 de março de 2013

tudo de nada

São tantas ideias cheias de vazio alocadas numa zona sombria, onde o acesso é restrito até para si próprio. As luzes se esvaem lentamente. O frio chegou. Milhares de pensamentos inusitados vagando aleatoriamente, sem ao menos locomover-se. Uma viagem insana, completa de insignificância, transparecendo um lugar inapto. O término do começo, é apenas o início do fim. Pensamentos corrosivos de almas desventuradas. Inúmeros questionamentos sem réplicas instigantes. As barreiras presentes naquele recinto, poderão ser rompidas? Voltamos para a coordenada zero.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

além do que se vê


Hoje sou um carregador. Não sou desses convencionais, onde envolvem correntes elétricas. Eu, simplesmente, carrego a dor. Trago comigo uma história mal contada, onde um viajante sem destino escreveu em linhas turvas. Sou um acompanhante da vida, aquela malvada que me passa rasteiras. Venho sobrevivendo a ela. Conseguir vivê-la e ter a coragem de observar as cores mundo a fora, é um privilégio onde visão e sentimentos se intercalam, aflorando novos caminhos. Somos reclusos perante a sabedoria do viver. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

princípio ou precipício?

Nos devaneios desta estrada, outra pedra foi lançada em minha direção. Em meio a negritude da noite, busco a alforria mais próxima para a obtenção de um pouco de paz. A inquietação que habita meu interior, torna tudo mais penoso. A linha tênue entre o fracasso e a insistência. Meus anseios se perdem ao longo do caminho, mas isso é apenas o prelúdio de uma extensa jornada mundo à fora.