Hoje sou um carregador. Não sou desses convencionais, onde
envolvem correntes elétricas. Eu, simplesmente, carrego a dor. Trago comigo uma
história mal contada, onde um viajante sem destino escreveu em linhas turvas.
Sou um acompanhante da vida, aquela malvada que me passa rasteiras. Venho
sobrevivendo a ela. Conseguir vivê-la e ter a coragem de observar as cores
mundo a fora, é um privilégio onde visão e sentimentos se intercalam, aflorando
novos caminhos. Somos reclusos perante a sabedoria do viver.
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